Àgora (XI) - pós-presidenciais
Ao contrário do que seria previsível, a luta interina não surgiu no PS, como se esperaria, nem na esquerda. É no PSD que começam as primeiras movimentações rumo à desestabilização
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Apesar de considerar que a actividade governativa do Governo tem sido globalmente boa (vide os últimos anúncios de investimento estrangeiro; a potencial desburocratização do Estado; e as tentativas tímidas de começar a reformar o país, mesmo à custa de medidas impopulares e à custa de eleições intermédias), considero que é urgente haver uma oposição forte, esclarecida e activa.
O PS, pese embora seja o grande derrotado das eleições presidenciais, soube arrepiar caminho e não ficar a velar o resultado: avançou rapidamente com mais medidas e decisões estratégicas. O PSD e o CDS viram um candidato eleito, mas deparam-se com problemas de identidade internos: as suas lideranças são fracas e sem ideias (vejam-se os últimos grandes debates no Parlamento).
O Bloco de Esquerda continua, apesar de grande derrotado, a imaginar que os portugueses ainda acreditam neles. A derrota foi essencialmente pessoal. Sendo Louçã o rosto mais emblemático do BE, o partido acaba por ir também na enxurrada.
O PCP mesmo "perdendo", acaba por sair destas eleições com confiança. Confiança num líder afastado da rigidez do Comité Central (afastado, mas não tanto, pois pese embora a simpatia e a empatia, a famosa cassete continua bem viva), e que consegue chegar realmente às pessoas.
O fenómeno Alegre fica para o próximo post.
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